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Quimioprofilaxia na prevenção da tuberculose

Chemoprophylaxis in the prevention of tberculosis

Norma I Soza Pineda, Susan M. Pereira, Eliana Dias Matos, Mauricio L Barreto

ABSTRACT

Tuberculosis chemoprophylaxis is a therapeutic measure for the prevention of infection by Mycobacterium tuberculosis or to avoid development of the disease in individuals already infected with it. Isoniazid is the most commonly used therapy; however, the use of rifampicin and pyrazinamide has recently been introduced. The objectives of this study were to review the results of the principal studies evaluating the indications for chemoprophylaxis with isoniazid alone and in association with other drugs, its efficacy in the prevention of tuberculosis with respect to the different risk groups and the alternative regimens available. A systematic revision of the medical literature was carried out with particular emphasis on clinical trials and meta-analyses. Official records were also consulted. Those studies involving randomized clinical trials on the use of isoniazid, rifampicin or pyrazinamide in HIV-positive or negative patients were selected. Isoniazid continues to be effective for the prevention of tuberculosis in populations of both HIV-negative and HIV-positive individuals. The standard dose of 5-15 mg/kg/day has shown similar protection over treatment periods ranging from six to twelve months. The risk of developing hepatitis was less than 1%; however monitoring during treatment is recommended in patients over 35 years of age and in users of alcohol. Studies involving treatment regimens with other forms of medication were inconclusive and new studies would have to be performed to evaluate the efficacy of these regimens in populations at high risk of developing tuberculosis.

Keywords: Tuberculosis. Chemoprophylaxis. Isoniazid.

RESUMO

A quimioprofilaxia da tuberculose constitui-se numa medida terapêutica para a prevenção da infecção pelo Mycobacterium tuberculosis ou para evitar o desenvolvimento da doença nos indivíduos infectados. Geralmente baseia-se na administração de isoniazida. Entretanto, o uso de rifampicina e pirazinamida vem sendo recentemente introduzido. Este trabalho tem como objetivo revisar os resultados dos principais estudos que avaliaram as indicações da quimioprofilaxia com isoniazida e sua associação com outras drogas, sua efetividade na prevenção da tuberculose considerando os diversos grupos de risco, e as alternativas do uso de outros esquemas. Procedeu-se à revisão sistemática da literatura, com ênfase em ensaios clínicos e meta-análises. Foram consultados também os documentos oficiais. Foram selecionados aqueles estudos que envolveram ensaios clínicos ramdomizados com uso de isoniazida, rifampicina ou pirazinamida em pacientes HIV positivos ou negativos. Concluiu-se que a isoniazida continua sendo efetiva na prevenção da tuberculose na população de indivíduos HIV negativos e de HIV positivos. A dose padrão de 5 a 15 mg/kg/dia tem mostrado proteção similar para períodos de tratamento de seis e doze meses. O risco de desenvolver hepatite foi menor que 1%, sendo recomendada sua utilização com acompanhamento nos indivíduos com idade superior a 35 anos e usuários de álcool. Os estudos com esquemas de tratamento utilizando outros medicamentos não foram conclusivos, sendo necessária a realização de novos estudos para avaliação da efetividade desses esquemas em populações de alto risco de desenvolver tuberculose.

Palavras-chave: Tuberculose. Quimioprofilaxia. Isoniazida.


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