Continuous and bimonthly publication
ISSN (on-line): 1806-3756

Licença Creative Commons
6934
Views
Back to summary
Open Access Peer-Reviewed
Artigo Original

Spirometric response to bronchodilators: which parameters and values are clinically relevant in obstructive diseases?

Resposta a broncodilatador na espirometria: que parâmetros e valores são clinicamente relevantes em doenças obstrutivas?

Roberto Rodrigues Jr., Carlos Alberto de Castro Pereira

ABSTRACT

In lung function laboratories, statistical responses after bronchodilators (Bd) administration are widely used in patients with airflow limitation. However, their clinical relevance is debatable. Objective: To determine which spirometric parameters best reflect improvement in both exercise tolerance and exertional dyspnea in response to bronchodilators in obstructive lung diseases. Methods: Fifty patients with persistent asthma and/or COPD (FEV1/FVC = 41 ± 11%) were submitted to slow and forced vital capacity testing, MVV and a six-minute walking test (6 MW) following practice, before and after a 400 mg dose of salbutamol was given by MDI. Responses to Bd were expressed in absolute values and considered as increments to the initial values and predicted values. Responses to Bd were considered clinically significant if distance was longer than 30 m in the 6 MW test and/or if there was a 2-point decrease in the Borg scale in the walking distance. Results: 32 patients were responsive (R) to Bd and 18 were non-responsive (NR). As DMW correlated with age, (rs = -0.38 - p < 0.01) an analysis on spirometric data, including age as covariant, was performed and expressed as x ± SE. No difference in FEV1 was observed between the groups (R = 255 ± 57 ml; NR = 256 ± 43 ml). The same occurred regarding MVV (R = 11± 2 L/min; NR = 10 ± 2 L/min.). The best separation (p < 0.01) was given by changes in inspiration capacity (IC) followed by changes in slow vital capacity (SVC): IC% of initial R = 23 ± 3% and NR = 3 ± 4%; absolute IC = 411 ± 58 ml and NR = 163 ± 77 ml; predicted IC%: R = 19 ± 3% and NR = 3 ± 4%. For SVC, the values were: % initial - R = 18 ± 2% and NR = 9 ± 3%; absolute changes - R = 448 ± 52 ml and NR = 256 ± 70 ml. Increases in IC > 15% of the initial values and 0.3 L and increases in SVS > 15% of the initial values and 0.4 L determined responsive patients with positive predicted values as approximately 90%. Conclusion: Variations in FEV1, FVC and MVV do not predict improvement in exercise capacity after Bd. This is best reflected by 15% of increases in IC and/or in the SVC initial values.

Keywords: Obstructive lung diseases. Spirometry. Predictive value of tests. Bronchodilator agents. Exercise tolerance. Dyspnea.

RESUMO

Respostas estatísticas dos parâmetros funcionais são largamente utilizadas após administração de broncodilatador (Bd) nos laboratórios de função pulmonar em doenças com obstrução ao fluxo aéreo. Sua relevância clínica é discutível. Objetivo: Determinar que parâmetros espirométricos refletem a melhora na tolerância ao exercício e na dispnéia em resposta a broncodilatador em doenças pulmonares obstrutivas. Métodos: 50 pacientes com DPOC e/ou asma (VEF1/CVF = 41 ± 11%) realizaram manobras de CV lenta e forçada, VVM e um teste de caminhada em corredor de seis minutos após treinamento, antes e após salbutamol, 400mcg fornecido por spray com espaçador. As respostas a broncodilatador foram expressas em valores absolutos, como incremento em relação ao valor inicial e em relação aos valores previstos. Resposta após Bd foi considerada clinicamente significante quando a distância percorrida se elevou 30m ou mais e/ou a dispnéia foi reduzida dois ou mais pontos com qualquer aumento na caminhada. Resultados: 32 pacientes foram considerados respondedores (R) e 18 não respondedores (NR). Como a distância caminhada em seis minutos se correlacionou com a idade (rs = -0,38; p < 0,01), análise dos dados espirométricos foi realizada incluindo a idade como covariada e expressa como x ± EPE. O incremento do VEF1 não diferiu nos dois grupos: R = 255 ± 57ml, NR = 256 ± 43ml. Idem para a VVM: R = 11 ± 2L/min, NR = 10 ± 2L/min. A melhor separação (p < 0,01) foi dada pela mudança da capacidade inspiratória (CI) seguida da mudança da capacidade vital lenta (CV): CI% da inicial nos R = 23 ± 3% e os NR = 3 ± 4%; CI absoluta: R = 411 ± 58ml, NR = 163 ± 77ml; CI% previsto: R = 19 ± 3% e NR = 3 ± 4%. Para a CV os valores observados foram: CV% do inicial - R = 18 ± 2% e NR = 9 ± 3%; CV absoluta - R = 448 ± 52ml e NR = 256 ± 70ml. Incrementos para a CI > 15% do inicial e 0,3L e da CV > 15% da inicial e 0,4L separaram os respondedores com valor preditivo positivo (VPP) em torno de 90%. Conclusão: A melhora do VEF1, CVF e VVM não prediz melhora na capacidade de exercício após Bd. Esta é melhor refletida por aumentos na CI e/ou CV acima de 15% dos valores iniciais.

Palavras-chave: Pneumopatias obstrutivas. Espirometria. Valor preditivo dos testes. Broncodilatadores. Tolerância ao exercício. Dispnéia.


THE CONTENT OF THIS ARTICLE IS NOT AVAILABLE FOR THIS LANGUAGE.


Indexes

Development by:

© All rights reserved 2024 - Jornal Brasileiro de Pneumologia