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ISSN (on-line): 1806-3756

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Artigo Original

Traqueostomia percutânea no doente crítico: a experiência de uma unidade de terapia intensiva clínica

Percutaneous Tracheostomy in Critically-ill Patients: The Experience of a Medical Intensive Care Unit

Marcelo Park, Leonardo Brauer, Ricardo Reis Sanga, André Carlos Kajdacsy-Balla Amaral, José Paulo Ladeira, Luciano Cesar Pontes de Azevedo, Leandro Utino Taniguchi, Luiz Monteiro da Cruz-Neto

ABSTRACT

Background: Tracheostomy is a procedure commonly required in the intensive care unit. In the last two decades, the use of the percutaneous method has increased in parallel with improvements in the technique. Objective: To describe our experience in employing the percutaneous method over the last 3.5 years. Methods: We created, retrospectively, a database of prospective tracheostomy data related to 78 patients evaluated between January 2000 and July 2003. We used the percutaneous tracheostomy techniques of either progressive dilatation (in 36 patients) or forceps dilatation (in 42 patients). Data are expressed as number of occurrences or median with interquartile ranges. Results: The mean age of the patients was 66 (range, 43-75), and the median APACHE II score was 16 (range, 12-21). The median time spent on mechanical ventilation prior to tracheostomy was 14 days (range, 10-17 days). Of the 78 patients studied, 18 (23%) died while in the intensive care unit. The most common cause of admission was acute central nervous system disturbance (in 45%). Most of the tracheostomies performed were indicated due to difficulty in weaning from mechanical ventilation (in 50%) or to Glasgow Coma scores consistently lower than 8 (in 49%). Bronchoscopy was used in all but 6 of the procedures. There were complications in 33% of the procedures. The most common complication was light bleeding, without need for transfusion. No patient died due to complications arising from the procedure. Conclusion: Percutaneous tracheostomy is reasonable and safe when performed in an intensive care unit.

Keywords: Tracheostomy/methods. Respiration, Artificial/methods. Respiratory insufficiency/therapy. Respiratory insufficiency/complications.

RESUMO

Introdução: A traqueostomia é um procedimento realizado freqüentemente na terapia intensiva. Nas duas últimas décadas o procedimento percutâneo vem sendo cada vez mais utilizado. Objetivo: Descrever nossa experiência, em uma unidade de terapia intensiva clínica. Método: Levantamento retrospectivo de nosso banco de dados prospectivo de 78 traqueostomias percutâneas realizadas desde janeiro de 2000 até julho de 2003. Foram utilizadas as técnicas de dilatação progressiva com velas múltiplas (36 pacientes) e com pinça fórceps (42 pacientes). Os dados são mostrados como número de ocorrência ou mediana com intervalos interquartis. Resultados: Nossos pacientes tinham em média idade de 66 (43 a 75) anos e APACHE II com mediana de 16 (12 a 21), tiveram um período de ventilação mecânica com mediana de 14 (10 a 17) dias antes da traqueostomia, e 23% faleceram na unidade de terapia intensiva. As causas mais freqüentes de internação na unidade de terapia intensiva foram as encefalopatias agudas (45%), e o motivo que mais freqüentemente levou à indicação do procedimento foi o desmame difícil (50%), seguido do Glasgow Coma Score persistentemente abaixo de 8 (49%). Em 6 pacientes a broncoscopia não foi utilizada como guia. Ocorreram complicações em 33% dos procedimentos. As complicações mais comuns foram pequenas hemorragias, sem necessidade de transfusão de sangue. Nenhum paciente morreu devido à complicação do procedimento. Conclusão: Em uma unidade de terapia intensiva clínica, o procedimento da traqueostomia percutânea a beira leito é factível e seguro.

Palavras-chave: Traqueostomia/métodos. Insuficiência respiratória/terapia. Respiração artificial/métodos. Insuficiência respiratória/complicações.


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