Helena Teresinha Mocelin, Gilberto Bueno Fischer, Lilian Cristine Ranzi, Rosângela Dias Rosa, Maria Regina Philomena
ABSTRACT
Objective: To describe the results of a seven years experience using home oxygen therapy in children with hypoxemia and chronic lung disease. Patients and methods: This is a retrospective and descriptive study carried out at Hospital da Criança Santo Antônio - Porto Alegre-RS, Southern Brazil. The characteristics of the children on home oxygen therapy from January/93 to January/00 were analyzed. Results: Out of the 40 patients studied, 29 (72.5%) were males. At the beginning of home oxygen therapy, the age of the patients ranged from two months to 13 years and six months (mean: 24.8; median: 13), and 18 of them (45%) were less than one year old. The most frequent diseases were: obliterative bronchiolitis (31 cases; 77.5%); chronic obstructive lung disease with aspiration pneumonia (three cases); hypogammaglobulinaemia (two cases); suppurative lung disease (two cases), alveolar proteinosis (one case) and tuberculosis (one case). The length of the last hospitalization before home oxygen therapy was started ranged from nine to 240 days (mean: 63.7 days; median: 50 days). Most of the patients (30; 75%) received oxygen from a concentrator and the remainder from a cylinder. Mean oxygen therapy length ranged from 27 to 1,620 days (median: 392.5 days). There were five deaths from complications of the basic disease and one from accidental removal of the tracheostomy tube. Oxygen use could be discontinued in 19 patients - 15 with obliterative bronchiolitis, two with chronic aspiration pneumonia, one with tuberculosis and one with alveolar proteinosis. Conclusion: Although oxygen was needed for long periods, evolution was satisfactory in most children. Home oxygen for oxygen-dependent is an alternative treatment that allows an early discharge and a quick return to home life.
Keywords: Oxygen inahalation therapy. Anoxemia. Lung obstructive diseases. Home treatment.
RESUMO
Objetivo: Descrever os resultados de uma experiência de sete anos com uso de oxigenoterapia domiciliar em crianças com hipoxemia decorrente de doença pulmonar crônica. Pacientes e métodos: É um estudo retrospectivo e descritivo realizado no Hospital de Crianças Santo Antonio, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, na região Sul do Brasil. No geral, avaliaram-se as características das crianças com oxigenoterapia domiciliar acompanhadas durante o período de janeiro de 1993 a janeiro de 2000. Resultados: Dos 40 pacientes estudados, 29 (72,5%) eram meninos. A idade de início do oxigênio no domicílio variou de dois meses a 13 anos e seis meses, sendo que 18 (45%) eram menores de um ano (média: 24,8 meses; mediana: 13 meses). As enfermidades mais prevalentes foram: bronquiolite obliterante, 31 (77,5%); pneumopatia obstrutiva crônica secundária à aspiração, três; hipogamaglobulinemia, dois; pneumopatia supurativa crônica, dois; proteinose alveolar e tuberculose, um caso cada. O tempo da última internação antes de iniciar oxigênio domiciliar variou de nove a 240 dias (média: 64 dias; mediana 50 dias). A maioria dos pacientes recebeu oxigênio por aparelho concentrador, 30 (75%), e os demais, por cilindro. O tempo de uso variou de 27 a 1.620 dias, mediana de 392,5 dias. Ocorreram cinco óbitos por complicações da doença de base e um por retirada acidental da traqueostomia. Dos 19 pacientes em que o oxigênio foi suspenso, o diagnóstico era bronquiolite obliterante em 15, pneumonia aspirativa em dois e tuberculose e proteinose alveolar um caso cada. Conclusão: Apesar da necessidade de oxigênio por períodos prolongados, a evolução foi satisfatória na maioria das crianças. Oxigênio domiciliar para crianças oxigenodependentes é uma alternativa de tratamento que permite antecipar a alta hospitalar e o retorno ao ambiente familiar.
Palavras-chave: Anoxemia. Pneumopatias obstrutivas. Tratamento domiciliar.
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