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Hantavirus pulmonary and cardiovascular syndrome

Síndrome pulmonar e cardiovascular por hantavírus

Mariangela Pimentel Pincelli, Carmen Sílvia Valente Barbas, Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, Luiza Terezinha Madia de Souza, Luís Tadeu Moraes Figueiredo

ABSTRACT

Hantavirus pulmonary and cardiovascular syndrome is a recently identified and often fatal disease, which presents as acute respiratory distress syndrome (ARDS). Since the first outbreak, in Nov/Dec 1993, in Juquitiba, Brazil, 226 cases have been registered by FUNASA (National Health Foundation).(4) The disease occurs in previously healthy subjects, presenting with fever and symptoms similar to the common cold, and may rapidly evolve to pulmonary edema, respiratory failure and shock. Hemoconcentration and thrombocytopenia are common features, and the typical radiological finding is a bilateral diffuse interstitial infiltrate that evolves to alveolar consolidations in parallel to the worsening of the clinical condition. Initially, mortality was around 75%, but it declined to approximately 35% in the last few years. Patients who survive usually recover completely, about a week after the onset of the respiratory symptoms. The causal agent is a previously unrecognized hantavirus whose natural reservoirs are rodents of the family Muridae, sub-family Sigmodontinae. Specific antiviral treatment for hantavirus pulmonary and cardiovascular syndrome has not yet been well established, and the efficacy of ribavirin is currently being studied. Intensive care, including mechanical ventilation and invasive hemodynamic monitoring, is required for the more severe presentations of the disease. These measures may improve the prognosis and survival of patients with hantavirus pulmonary and cardiovascular syndrome if started early in the course of the disease.

Keywords: Hantavirus pulmonary syndrome/diagnoses. Hantavirus infections/diagnoses. Brazil.

RESUMO

A síndrome pulmonar e cardiovascular por hantavírus é uma doença de conhecimento relativamente recente e freqüentemente fatal, apresentando-se como síndrome do desconforto respiratório agudo. No Brasil, desde o primeiro surto, relatado em novembro/dezembro de 1993, em Juquitiba, 226 casos já foram registrados pela Fundação Nacional da Saúde. A doença afeta indivíduos previamente hígidos, apresentando-se com pródromo febril e sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, podendo rapidamente evoluir para edema pulmonar, insuficiência respiratória aguda e choque. A hemoconcentração e a plaquetopenia são comuns da síndrome pulmonar e cardiovascular por hantavírus, e o quadro radiológico típico é de um infiltrado intersticial bilateral difuso, que progride rapidamente para consolidações alveolares, paralelamente à piora do quadro clínico. A mortalidade inicial era em torno de 75% e declinou para aproximadamente 35%, nos últimos anos. Os pacientes que sobrevivem geralmente recuperam-se completamente, cerca de uma semana após o estabelecimento do quadro respiratório. O agente causal, não reconhecido até há pouco, foi identificado como um hantavírus, cujo reservatório natural são animais roedores da família Muridae, subfamília Sigmodontinae. O tratamento específico antiviral ainda não é bem estabelecido, estando em estudo a eficácia de ribavirina. Cuidados de terapia intensiva como ventilação mecânica e monitoramento hemodinâmico invasivo são necessários nas formas mais graves da doença. Essas medidas, se instituídas precocemente, podem melhorar o prognóstico e a sobrevida dos pacientes com síndrome pulmonar e cardiovascular por hantavírus.

Palavras-chave: Síndrome pulmonar por hantavírus/diagnóstico. Infecções por hantavirus/diagnóstico. Brasil.


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