Daniel Deheinzelin, Luís Fernando Pereira, Jorge Nakatani
ABSTRACT
Objectives: Evaluate the results of the Brazilian Society of Tisiology and Pulmonary Medicine Board Examination and verify the factors related to acceptance. Planning: Retrospective analysis comparing scores obtained in practical and written examinations and acceptance to gender, years since graduation, years of pulmonary medicine practice, regional and national meetings attendance, place, and duration, as well as having or not attended residence or training programs. Population: Between 1992 and 1996, 199 candidates - 81 females and 108 males - took the board examination. Results: In this period, 54.3% of the candidates were approved. Mean written score was 6.27 ± 0.95 for the approved candidates and 4.30 ± 0.76 for those who were not approved (p = 0.0001, t test). Mean practical score was 7.18 ± 0.92 versus 5.17 ± 1.38 (p = 0.001). The overall mean of the written score was significantly lower than that of the practical score (53.78 ± 13.16 x 62.62 ± 15.32, p < 0.001). Univariate analysis showed that the approved group had fewer years since graduation (p = 0.001), fewer years of pulmonary medicine practice (p = 0.01); lower training attendance for a shorter period (p = 0.01), and a higher frequency of residence attendance for a longer period (p < 0.001) in the approved group. Logistic regression showed that residence (p = 0.002) and place of residence (p = 0.006) were the only predictive factors for approval. Multiple linear regression showed that only residence (coefficient 2.26, p = 0.016), place of residence (4.43, p = 0.002), and training (-1.97, p = 0.047) predicted the overall board score. Conclusion: The efficacy of the board exmination is hereby proven, since it accepts candidates with better medical background (residence). Some medical education methods, such as years of practice, meeting and training attendance need to be revised, since they do not determine approval.
Keywords: Medical education. Residence. Board certificate.
RESUMO
Objetivo: Avaliar os resultados da prova para obtenção do título de especialista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e verificar os fatores associados à aprovação. Planejamento: Análise retrospectiva comparando as notas de prova prática e teórica e a aprovação ou não, com dados de currículo dos candidatos: sexo, tempo de formatura, tempo de atividade como pneumologista, participação em congressos regionais e nacionais, feitura, local e duração de estágio ou residência e local de estágio ou residência. Participantes: No período de 1992 a 1996, 199 candidatos realizaram a prova do título de especialista, sendo 81 do sexo feminino e 108 do masculino. Resultados: Nesse período, 54,3% dos candidatos foram aprovados. A nota média de prova teórica foi de 6,27 ± 0,95 para os aprovados e 4,30 ± 0,76 para os reprovados (p = 0,0001, teste t) e da prova prática 7,18 ± 0,92 versus 5,17 ± 1,38 (p = 0,001). A média da nota de prova teórica foi significativamente mais baixa que a da prova prática (53,78 ± 13,16 versus 62,62 ± 15,32, p < 0,001). A análise univariada revelou entre os aprovados tempo de formatura menor (p = 0,001); tempo de atividade em pneumologia menor (p = 0,01); menor freqüência de estágio e com menor duração (p = 0,01); maior freqüência de ex-residentes, com maior duração de residência médica (p < 0,001). A regressão logística para definir aprovado ou não evidenciou somente a realização de residência médica (p = 0,002) e local (p = 0,006) como fatores preditivos. A regressão múltipla usando a média das provas revelou a realização de residência médica (coeficiente 2,26, p = 0,016), o local desta (4,43, p = 0,002) e a realização de estágio (-1,97, p = 0,047) como fatores preditivos para aprovação. Conclusão: A prova aplicada é capaz de selecionar os candidatos com melhor formação (residência médica). O fato de tempo de formatura, realização de estágios, participação em congressos não se relacionarem à aprovação apontam para a necessidade de rever essas formas de educação continuada.
Palavras-chave: Ensino médico. Residência. Certificado de especialista.
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