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ISSN (on-line): 1806-3756

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Artigo Original

Results of tuberculosis treatment with streptomycin, isoniazid, and ethambutol (scheme SHM)

Resultado do tratamento da tuberculose com estreptomicina, isoniazida e etambutol (esquema SHM)

Pedro Dornelles Picon, Maria de Lourdes Della Giustina, Carlos Fernando Carvalho Rizzon, Sérgio Luiz Bassanesi, Ana Paula Zanardo, Matheus Truccolo Michalczuk, Letícia Rebolho Dei Ricardi

ABSTRACT

Aim: To evaluate the performance of an SHM scheme (streptomycin, isoniazid, and ethambutol) in an outpatient clinic routine treatment for tuberculosis. Method: Seventy-eight patients with tuberculosis whose prior treatment with the RHZ scheme (six months of rifampicin, isoniazid, and pyrazinamide) had to be discontinued due to adverse effects, or who could not receive the RHZ scheme due to high risk for liver toxicity, were treated in the outpatient clinic with the 12 month SHM scheme from 1986 to 1994, in the city of Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. Results: Three patients (3.8%) required a scheme change due to toxicity. In the remaining 75 patients, 58 (77.3%) were cured, eight (10.7%) withdrew, five (6.7%) presented failure, and four (5.3%) died. Theoretical cure rate, which is the percent of cure of patients who regularly followed the treatment, was 95.3%. Adverse reactions were seen in 32 patients (41%), the most frequent being vestibular damage in 18 patients (23.1%). Results were compared to those obtained in the same outpatient clinic with the 12 month RHM scheme (rifampicin, isoniazid, and ethambutol), and with the six month RHZ scheme. Conclusion: The SHM scheme may be recommended as an alternative for the treatment of tuberculosis whenever the RHZ scheme cannot be indicated.

RESUMO

Objetivo: Avaliar o desempenho do esquema SHM (estreptomicina, isoniazida e etambutol), na rotina de trabalho de uma unidade ambulatorial de tratamento da tuberculose. Método: Setenta e oito pacientes tuberculosos, cujo tratamento prévio com o esquema RHZ (seis meses de rifampicina, isoniazida e pirazinamida) teve de ser interrompido devido a efeitos adversos, ou que não puderam receber o esquema RHZ por serem de alto risco para hepatotoxicidade a esse esquema, foram tratados ambulatorialmente com o esquema de 12 meses de SHM, de 1986 a 1994, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Resultados: Em três pacientes houve necessidade de troca de esquema por toxicidade (3,8%). Nos 75 restantes observaram-se 58 curas (77,3%), oito abandonos (10,7%), cinco falências (6,7%) e quatro óbitos (5,3%). A taxa teórica de cura, que é o percentual de cura entre os bacilíferos que fizeram tratamento regular, foi de 95,3%. Reações adversas ocorreram em 32 pacientes (41%), sendo as mais freqüentes as manifestações de dano vestibular, em 18 (23,1%). Esses resultados foram comparados com os obtidos no mesmo ambulatório com o esquema de 12 meses de RHM (rifampicina, isoniazida e etambutol) e de seis meses de RHZ. Conclusão: O esquema SHM pode ser recomendado como alternativa para o tratamento da tuberculose quando o esquema RHZ não pode ser indicado.


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