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ISSN (on-line): 1806-3756

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Artigo Original

Smoking cessation with bupropion and nicotine replacement

Tratamento do tabagismo com bupropiona e reposição nicotínica

Fábio Maraschin Haggsträm, José Miguel Chatkin, Daniela Cavalet-Blanco, Vanessa Rodin, Carlos Cezar Fritscher

ABSTRACT

Introduction: Around one third of the world adult population smoke. Due to the recent researches on the smoking addiction and to the use of new drugs, the possibilities to succeed on the attempts to quit smoking have increased remarkably. Purposes: To study the tobacco abstinence in patients under treatment at the Ambulatório de Auxílio ao Abandono do Tabagismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (AAAT-PUCRS) and to evaluate the role of some variables as risk factors to the chosen outcomes. Patients and methods: In a prospective open clinical trial not randomized we studied all the smokers who attended the AAAT-PUCRS within July 1999 and October 2000. All of them were submitted to the same standard program; the results were analyzed by central tendency measures for quantifying variables, relative risk with a IC95% for the associated factors and the Kaplan Meier's curve for the analyses of the time trend. Results: The study included 169 patients (67.5% women), average age 46 (± 10.4) years old; the most of them smoked 20 cigarettes/day for around 30 years. Even for a very young cohort like this one, it was possible to show that in relation to the outcome success/failure, 49% of the patients quit smoking, 14% remarkably diminished the number of smoked cigarettes and 37% failed completely. For the studied variables, severe dependency to nicotine was the only one associated with an increased risk to failure quitting smoking. Conclusions: It was possible to achieve a reasonable quitting smoking percentage adopting standard procedures described, but adapted for each patient. Pharmacological therapy was associated to a higher percentage of success.

Keywords: Smoking. Treatment. Tobacco use cessation. Ambulatory care.

RESUMO

Introdução: Aproximadamente um terço da população adulta mundial usa produtos derivados do tabaco. Devido ao novo entendimento sobre o vício tabágico e ao surgimento de novas modalidades terapêuticas, as possibilidades de sucesso nas tentativas de abandono do fumo aumentaram significativamente. Objetivos: Avaliar os percentuais de sucesso/fracasso entre os fumantes tratados no Ambulatório de Auxílio ao Abandono do Tabagismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (AAAT-PUCRS) e analisar possíveis fatores de risco para o fracasso no abandono do tabagismo. Pacientes e métodos: Através de ensaio clínico aberto, não randomizado, avaliaram-se os fumantes que procuraram o AAAT-PUCRS entre julho de 1999 e outubro de 2000, submetidos ao programa padronizado de auxílio ao abandono do tabagismo utilizado na instituição. A análise estatística foi feita por medidas de tendência central para variáveis quantitativas, pelo cálculo do risco relativo (com intervalo de confiança de 95%) para fatores associados e pela análise da curva de Kaplan-Meier para estudo do desfecho ao longo do tempo. Resultados: O estudo incluiu 169 pacientes (67,5% mulheres), com idade média de 46,4 (± 10,4) anos; a maioria fumava em média 20 cigarros/dia por 30 anos. Mesmo sendo esta uma coorte muito recente, pode-se verificar que, em relação aos desfechos sucesso/fracasso pontuais, 49% pararam de fumar, 14% diminuíram significativamente o número de cigarros fumados e 37% fracassaram. Entre as variáveis estudadas, a dependência grave à nicotina foi a única que esteve associada a maior risco de fracasso. Conclusões: Foi possível a obtenção de índices de abandono ao fumo satisfatórios utilizando metodologia padronizada, mas particularizada para cada paciente. O uso de terapêutica farmacológica aliada a técnicas cognitivo-comportamentais foi associado a maiores proporções de sucesso.

Palavras-chave: Tabagismo. Tratamento. Abandono do uso de tabaco. Assistência ambulatorial.


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