Fernanda de Cordoba Lanza, Gustavo Falbo Wandalsen, Carolina Lopes da Cruz, Dirceu Solé
RESUMO
Objetivo: Avaliar as alterações da mecânica respiratória e do volume corrente (VC) em lactentes sibilantes em ventilação espontânea após a realização da técnica de expiração lenta e prolongada (ELPr). Métodos: Foram incluídos no estudo lactentes com história de sibilância recorrente e sem exacerbações nos 15 dias anteriores. Para a avaliação da função pulmonar, os lactentes foram sedados e posicionados em decúbito dorsal com máscara facial acoplada a um pneumotacógrafo. As variáveis da respiração corrente - VC e FR - e da mecânica respiratória - complacência do sistema respiratório (Csr), resistência (Rsr) e constante de tempo (psr) - foram mensuradas antes e após a realização de três sequências consecutivas de ELPr. Resultados: Foram avaliados 18 lactentes, com média de idade de 32 ± 11 semanas. Houve um aumento significante no VC após ELPr (79,3 ± 15,6 mL vs. 85,7 ± 17,2 mL; p = 0,009), assim como uma redução na FR (40,6 ± 6,9 ciclos/min vs. 38,8 ± 0,9 ciclos/min; p = 0,042). Entretanto, não houve alterações significantes nos valores da mecânica respiratória (Csr: 11,0 ± 3,1 mL/cmH2O vs. 11,3 ± 2,7 mL/cmH2O; Rsr: 29,9 ± 6,2 cmH2O mL−1 s−1 vs. 30,8 ± 7,1 cmH2O mL−1 s−1; e psr: 0,32 ± 0,11 s vs. 0,34 ± 0,12 s; p > 0,05 para todos). Conclusões: Essa técnica de fisioterapia respiratória é capaz de induzir alterações significativas no VC e na FR de lactentes com sibilância recorrente, mesmo na ausência de exacerbações. A manutenção das variáveis da mecânica respiratória indica que a técnica é segura para ser aplicada nesse grupo de pacientes. Estudos com lactentes sintomáticos são necessários para quantificar os efeitos funcionais da técnica.
Palavras-chave: Modalidades de Fisioterapia; Mecânica Respiratória; Lactente; Testes de Função Respiratória.
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