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Physiopathology and clinical management of one-lung ventilation

Fisiopatologia e manejo clínico da ventilação seletiva

Halina Cidrini Ferreira, Walter Araújo Zin, Patrícia Rieken Macedo Rocco

ABSTRACT

During one-lung ventilation, the nonventilated lung is excluded from the ventilation, with all tidal volume directed into the ventilated lung. This technique facilitates viewing of intrathoracic structures, thereby providing optimal surgical conditions. However, this procedure has been associated with reduced arterial oxygen tension, principally in patients with a previous history of lung disease, since it reduces the surface area available for gas exchange and causes a loss of normal autonomic respiratory regulation. Therefore, maintaining sufficient oxygenation and elimination of carbon dioxide is the greatest challenge in the management of the one-lung ventilation. It is recommend that the tidal volume administrated to the ventilated lung be similar to that used during conventional mechanical ventilation and that high fractions of inspired oxygen be used. However, several alternative methods have been proposed in order to minimize hypoxemia during one-lung ventilation, including the correct positioning of the double-lumen tube, the use of positive end-expiratory pressure or continuous positive airway pressure, nitric oxide administration, and alveolar recruitment. The management of one-lung ventilation continues to be a challenge in clinical practice.

Keywords: tidal volume, hypoxemia, ventilatory management, mechanical ventilation

RESUMO

A ventilação seletiva consiste em ventilar um pulmão mecanicamente enquanto o outro é ocluído ou exposto ao ar ambiente. Essa técnica permite visualizar as estruturas intratorácicas e, assim, fornecer excelentes condições cirúrgicas. Todo o volume corrente é administrado apenas para um único pulmão. Entretanto, este procedimento está associado à redução da pressão parcial arterial de oxigênio, principalmente em pacientes com comprometimento pulmonar prévio, por diminuição na superfície da área de troca gasosa e perda da auto-regulação pulmonar normal. Sendo assim, a manutenção da oxigenação e a eliminação de gás carbônico adequadas representam o maior desafio durante o manejo da ventilação seletiva. Preconiza-se que o pulmão dependente seja ventilado com um volume corrente similar àquele utilizado para ventilar ambos os pulmões na ventilação mecânica convencional, além de altas frações inspiradas de oxigênio. Entretanto, vários outros métodos vêm sendo propostos a fim de minimizar a hipoxemia durante a ventilação seletiva: conferir o correto posicionamento do tubo de duplo-lúmen, uso de pressão positiva ao final da expiração, pressão contínua nas vias aéreas, uso de óxido nítrico, ventilação de alta freqüência e recrutamento alveolar. O manejo da ventilação seletiva continua sendo um desafio à prática clínica.

Palavras-chave: Volume corrente. Hipoxemia. Manejo ventilatório. Ventilação mecânica.


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