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ISSN (on-line): 1806-3756

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Artigo Original

Estudo comparativo entre lobectomia e segmentectomia estendida para o tratamento do carcinoma brônquico não de pequenas células em estágios iniciais

Comparative study evaluating outcomes of lobectomy and extended segmentectomy used in the treatment of primary non-small cell bronchial carcinoma

Airton Schneider, Paulo Roberto Kriese, Luiz Augusto Lopes da Costa, Tiago José Refosco, Caroline Buzzatti

ABSTRACT

Background: Lobectomy is still considered the most effective method of controlling primary lung tumors. Method: During the period from 1995 to 2000, 733 cases of non-small cell bronchial carcinoma. After clinical evaluation and surgical staging, 191 patients were submitted to surgical resection. Of those 191 surgeries, 63 were for locally advanced tumors and 128 (69 segmentectomies and 59 lobectomies) for primary tumors. Post-operative FEV1 of at least 800 ml was used as a measure of surgical success. Extended segmentectomies, in which the resection passes the intersegmental line, including the parenchyma of the adjoining segment, were used. Results: Among the 128 patients with primary tumors, there were 3 deaths and 10 patients fell out of contact. Therefore, 62 segmentectomies and 53 lobectomies were evaluated. There were 72 adenocarcinomas and 43 epidermoid carcinomas. The 5-year survival of lobectomy patients was 80% (T1N0), 72.7% (T2N0), 50% (T1N1) and 31.8% (T2N1), whereas that of segmentectomy patients was 80% (T1N0), 66.6% (T2N0), 41.1% (T1N1) and 30% (T2N1) (p > 0.05). Tumor size and enlarged interlobar lymph nodes were prognostically significant (p < 0.001), although method of resection influenced neither survival nor local or remote recurrence (p > 0.05). Conclusion: Extended segmentectomy represents an alternative treatment for primary tumors in patients with limited lung reserve.

Keywords: Lung Neoplasms, surgery. Pulmonary Surgical Procedures. Carcinoma, Non-Small-Cell Lung.

RESUMO

Introdução: O uso de ressecção menor que lobectomia para tumores em fase inicial continua em debate. Método: No período de 1995 até 2000 foram vistos 733 casos de carcinoma brônquico não de pequenas células. Após avaliação clínica e estadiamento cirúrgico, 191 pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico curativo, no qual, 63 com ressecção de tumores localmente avançados e 128 com tumores em estágio inicial (69 segmentectomias e 59 lobectomias). Utilizou-se como critério para indicar o tipo de ressecção o VEF1 pós-operatório mínimo de 800 ml. Foi utilizada segmentectomia estendida, onde a linha de ressecção ultrapassa a linha intersegmentar, incluído parênquima do segmento anexo. Resultados: Entre 128 pacientes, houve 3 óbitos e 10 perdas de acompanhamento.Um total de 62 segmentectomias e 53 lobectomias foram estudadas. Havia 72 adenocarcinomas e 43 carcinomas epidermóide. A sobrevida em 5 anos dos pacientes submetidos à lobectomia foi de 80% (T1N0), 72,7% (T2N0), 50% (T1N1) e 31,8% (T2N1) e à segmentectomia foi de 80% (T1N0), 66,6% (T2N0), 41,1% (T1N1) e 30% (T2N1) (p>0,05). O tamanho do tumor e a presença de linfonodo interlobar positivo foram decisivos para o prognóstico (p<0,001), mas o tipo de ressecção não influenciou na sobrevida e na recidiva local ou à distância (p>0,05). Conclusão: A segmentectomia estendida pode ser uma opção para o tratamento de tumores em fase inicial em pacientes com reserva funcional limítrofe.

Palavras-chave: Lobectomia. Segmentectomia. Câncer de pulmão. Carcinoma brônquico não-pequenas células.


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