Vania Maria Carneiro da Silva, Jaqueline R. Oliveira, Flávia Matos Silva dos Santos, Clarisse Moreira de Araújo, Afrânio Lineu Kritski
ABSTRACT
Introduction: The teaching hospital, HUCFF, Southeastern Brazil, annually receives three hundred tuberculosis cases. Medical students have their practice at that hospital. Objective: To determine the prevalence of Mycobacterium tuberculosis (Mtb) infection among the students of the UFRJ School of Medicine. Design: Cross-sectional study of medical students at different levels of their training programs. Information about social and demographic characteristics, BCG vaccination history, and potential exposures to tuberculosis were obtained with a standardized questionnaire. Tuberculin skin testing was used to determine the prevalence of tuberculosis infection. Results: The prevalence of tuberculin skin testing positivity among medical students increased as they advanced to higher training levels (4.6%, 7.8%, 16.2%, respectively; P = 0.002). The risks were greatest during the years of clinical training, when medical students had more contact with patients. Conclusions: Medical students in the HUCFF/UFRJ may be at an increased risk of M. tuberculosis infection. A program of routine tuberculin skin testing, combined with interventions to confirm TST conversion and to reduce the risk of nosocomial transmission in the workplace is needed.
Keywords: Nosocomial infection. Medical students. Risk factors. Cross-sectional studies.
RESUMO
Introdução: O Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF), na região Sudeste do Brasil, recebe aproximadamente 300 casos de tuberculose por ano e é nesse hospital que os alunos da Faculdade de Medicina exercem suas atividades. Objetivos: Determinar a prevalência de infecção pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb) entre alunos da Faculdade de Medicina da UFRJ. Desenho do estudo: Estudo transversal entre estudantes de medicina em diferentes níveis de treinamento. Informações sobre características sociodemográficas, vacinação pelo BCG e exposições potenciais à tuberculose foram obtidas através de questionário padronizado. O teste tuberculínico foi usado para determinar a prevalência de infecção pelo Mtb. Resultados: Os estudantes de medicina tiveram prevalência crescente de positividade ao teste tuberculínico de acordo com o progredir de suas atividades práticas (4,6%, 7,8%,16,2%; P = 0,002). Os riscos foram maiores durante os anos de treinamento clínico, quando os estudantes de medicina tiveram contato mais freqüente com pacientes. Conclusões: Os estudantes de medicina que desenvolvem seu treinamento no HUCFF/UFRJ podem estar sob aumentado risco de se infectar pelo Mycobacterium tuberculosis. Faz-se necessário um programa de realização de teste tuberculínico, de rotina, para confirmação de viragem tuberculínica, combinado com intervenções para reduzir o risco de transmissão nosocomial no local da prática clínica.
Palavras-chave: Infecção hospitalar. Estudantes de medicina. Fatores de risco. Estudos transversais.
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